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Terreiro de Umbanda fundado em 1999.

 

A magia na Umbanda 

A Umbanda é, por excelência, uma religião da magia. Sem magia, não há Umbanda.

O que é magia?

Qual é a relação entre magia e mediunidade no Terreiro?

O QUE É MAGIA?

Magia é movimentação de energia pela aplicação da vontade e da força mental de um agente encarnado ou desencarnado (ou ambos, em união de interesses), com a finalidade de criar campos de forças magnéticos específicos (atração, defesa, retenção, repulsão).

 

Norberto Peixoto

    No desenvolvimento dos trabalhos de Umbanda, atraímos energias quando riscamos um ponto com finalidade mágica e, ao mesmo tempo, realizamos uma invocação. Quando tocamos uma sineta diante da tronqueira de Exu (local onde é fixado vibratoriamente o guardião do templo, geralmente à entrada e aos fundos do terreiro), defendemo-nos pedindo proteção e segurança. Da mesma forma, alguns atos magísticos podem ter por objetivo a retenção de certas energias, como por exemplo: ao acendermos uma vela para um determinado orixá no local vibrado dentro do terreiro para essa finalidade específica, ou quando rogamos amor para Oxum ou prosperidade para Iemanjá.

          (...)

     Quanto mais unido for um grupo que objetiva praticar a magia, mais coeso e força terá o ato magístico, embora um mago adestrado consiga interferir em campos de energia somente pela sua mente disciplinada.

          (...)

    Na Umbanda, a movimentação de energias entre essas dimensões se dá pela via mediúnica, não bastando "apenas" ser um mago sacerdote. São os guias do "lado de lá" quem conduzem todos os trabalhos e têm o alcance de justiça e outorga do Astral superior para determinar a amplitude das tarefas realizadas. Por esse motivo, ficamos bastante receosos com os muitos magos existentes atualmente, e com a rapidez com que são formados. Somos de opinião que está faltando mediunidade em muita magia praticada por aí. Preocupa-nos os cursos de formação coletiva, regiamente pagos, para se obter insígnias sacerdotais de mago disto ou daquilo, com solenidades grandiosas de entrega de títulos e paramentos bonitos. Todo o cuidado é pouco quando tratamos com magia cerimonial caritativa de auxílio ao próximo, pois "aquele que não tem patuá que não se meta com mandinga", diz-nos sempre a veneranda Vovó Maria Conga, sabedora do efeito de retorno para todos nós quando interferimos em campos de energias de outras pessoas, sem autorização para fazê-lo em conformidade com as leis cármicas.

     É preciso comentar que todo médium da Umbanda é, em maior ou menor proporção, um mago, mas nem todo mago é um médium, pois a premissa para se ter uma função sacerdotal na Umbanda é a mediunidade, e não o contrário: dirigentes magos, sem nenhuma mediunidade, na frente de um congá.

Texto adaptado da obra "Umbanda pé no chão", de Norberto Peixoto 

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