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Terreiro de Umbanda fundado em 1999.

Oferenda e ecologia

Umbanda sustentável

Direito ambiental

 Paulo Direito

Umbanda sustentável, trata de direcionamentos de todos os tipos de mecanismos para buscar meios de combater os resíduos encontrados na natureza, pois bem, o presente artigo vem mostrar a importância da sustentabilidade na religião de matriz africana como na umbanda, quimbanda e candomblé que são adptos em práticas de oferendas, despachos e firmezas e com isso venho demonstrar a importância dos lideres dessa magnifica religião africana a respeito da sustentabilidade com a nossa natureza que por sua vez vem a ter o respeito com a nossa natureza e convívio próprio de nossas matas, rios, cachoeiras e praias, pois são os nossos alicerces futuros de geração em geração.

Mediante em que se trata a umbanda sustentável, a convivência em grande realidade pelo nosso pais, mães de santo e pela sociedade a importância da umbanda sustentável em nossa natureza, em prol de quebrar o antigo paradigma de que a umbanda e seus adptos de matrizes africanas não se preocupam com a natureza, visa disciplinar em questão á vista pela sociedade como poluidores, barulhentos busca-se realizar reflexões acerca novas abordagens da umbanda sustentável, a partir das quais se propõe a utilização de recursos que visam emitir a imagem da umbanda sustentável com a natureza e com recursos hídricos, o objetivo geral do presente é pensar em mudanças no qual a umbanda pode promover movimentos de sustentabildades.

 

A educação para o desenvolvimento sustentável e as práticas das religiões afro-brasileiras.

Para ter a conservação e a preservação do meio ambiente no âmbito religioso, as comunidades tradicionais de terreiros passasse a orientar a confecção de suas oferendas, limpezas, etc., com a utilização de materiais biodegradáveis, evitando-se o uso de plástico, vidros e outros elementos de difícil absorção pela natureza. É sabido que a colocação de tais trabalhos nos reinos correspondentes aos nossos orixás, guias e protetores destina-se a devolver à mãe primordial aqueles elementos que dela tomamos por empréstimo e sua absorção deverá ser efetivada no menor espaço de tempo para que o ambiente não seja poluído, nem leigos os considerem como lixo. Assim sendo, o já quase esquecido hábito, praticado por nossos ancestrais, de colocarem os trabalhos sobre folhas de mamona ou mesmo de bananeira, formando uma espécie de bandeja natural parece-nos o ideal para mantermos a proteção à ecologia e não agredirmos o ambiente natural.

 

Da mesma forma deveremos agir com os recipientes de bebidas, eis que é desnecessária a sua permanência nos locais utilizados para a entrega das oferendas, sobre o assunto voltaremos a falar com maiores detalhes no item referente ao seu uso. Os orixás da água recebem com alegria tudo o que é orgânico, que se reintegra mais rápido à natureza. Ofereça grãos, flores naturais, frutas, perfumes, doces, o grande presente é não poluir as águas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Locais interditados

 

Assim como existem locais propícios à entrega das oferendas outros são inadequados por não reunirem as qualidades necessárias no campo vibratório, entre estes podemos citar as ruas calçadas, em especial as do perímetro urbano, templos, escolas, creches, estabelecimentos comerciais e industriais, ou seja, todos os locais de grande afluência de público e, em especial, de crianças que, por sua curiosidade inata, venham a se colocar em contato com os trabalhos, é evidente que a colocação de animais sacrificados deve ser banida destes locais e de outros onde sua presença venha a chocar os leigos ou, ainda, a provocar-lhes temor ou repulsa, devemos considerar que vibrações negativas só poderão ocasionar situação prejudicial ao efeito desejado para o trabalho ali colocado, devemos, pois, buscar locais mais afastados, pouco movimentados, dando-se preferência à zona rural, onde ainda se encontram locais de chão batido, o que propiciará a reversão à sua origem dos materiais utilizados nas oferendas. As dificuldades da distância de tais locais é injustificada pelas facilidades que hoje dispomos com a utilização de veículos automotores, o que não ocorria no passado, quando as oferendas e trabalhos eram conduzidos manualmente.

O sacrifício do transporte será sempre mais um fator de valorização em sua entrega e na aceitação por parte dos orixás, guias e protetores, devemos frisar que os trabalhos colocados em cruzeiros de rua e que encontramos na maior parte de nossas vias públicas destinam-se, em sua maioria, a exús e devem ser preferidos os de trânsito restrito ou totalmente isolados.

Os cruzeiros de rua de maior movimento podem, eventualmente, ser utilizados desde que não haja sacrifício de animais nem a colocação de vasilhames de vidro que se constituem num risco à segurança dos transeuntes, obedecidas estas regras gerais estaremos colaborando com a preservação do meio ambiente, com a limpeza de nossas cidades e com um maior respeito pela nossa religião.

O uso de velas

Em todas oferendas são acompanhadas de velas que devem ser acesas como focos catalisadores da vibração dos orixás, guias ou protetores a que se destinam, e isto requer, de nossa parte, o maior cuidado na sua colocação a fim de evitarmos acidentes lamentáveis e que depõem contra a nossa religião. Ao entregarmos uma oferenda devemos, antes, analisarmos o local escolhido, limpá-lo e fixarmos as velas de forma a que não caiam, evitando-se, assim, queimadas ou incêndios. Jamais devemos colocar velas juto às raízes de árvores (pelo menos afastadas a 50 cm das mesmas) e muito menos em seus ocos, o que é muito comum para protegê-las do vento.

Estas práticas já foram motivo de destruição de árvores centenárias e de raras espécies, o que, evidentemente, não é do agrado dos orixás às quais pertencem. È claro que este fato, por si só, se constituirá na anulação de todo o efeito desejado na entrega da oferenda, este, aliás, é um dos motivos por que se condena o uso de plástico nas oferendas: além da sua difícil e demorada absorção, oferece graves riscos devido a ser um extraordinário propagador do fogo, uma mesa para os orixás, guias e protetores montada sobre uma toalha de plástico, por mais bonita que esta seja, e cercada de velas é um verdadeiro barril de pólvora quando colocada em uma mata, nosso município já foi vitima de muitas e muitas ocorrências decorrentes desta prática e que ocasionou danos irreparáveis.

 

“Zelar pelo habitat de nossos orixás é a melhor homenagem que lhes podemos prestar”.

 

O uso de bebidas

 

Boa parte da sociedade civil apresenta hoje uma forte influência no descarte de garrafas de vidro ou de plástico em vias públicas e áreas consideradas de grande relevância ambiental, em nossas oferendas é hábito a oferta de bebidas no sentido de potencializar a sua força vibratória. Nestes casos muitos são os que, inadvertidamente, fazem-no, deixando-as dentro de seus vasilhames de origem ou colocando-as em copos e taças, estas atitudes se tornam prejudiciais que pelo fato de que os vasilhames ou são de vidro, ou de plástico, quer pelo fato de que são desnecessários, pois a bebida derramada ao solo libera de imediato seus fluidos possibilitando a rápida utilização pela entidade a que se destina, pois esta trabalha com os fluidos, assim sendo, ao colocarmos a bebida devemos vertê-la ao redor da oferenda, guardando os vasilhames que serão retirados do local à nossa saída. Com isto preservaremos a limpeza do local e obedeceremos às regras estabelecidas por nossos antepassados quando diziam:

“Orixá não come vidro” e menos ainda plástico.

 

Colocação e levantamento das oferendas

Como vimos, os trabalhos devem ser colocados nos reinos das entidades para os quais se destinam, de preferência sobre a terra e em locais pouco movimentados. O trabalho de entrega deve se revestir de todo o cerimonial, inclusive a entoação de rezas ou pontos e os pedidos formulados com a seriedade que se faz necessária, eis que simbolizam a volta à origem, como já estiveram em vibração nos pejis ou congás o seu contato com a natureza é o bastante para a sua aceitação e a partir daquele momento perdem o seu valor vibratório, podendo ser manuseados sem maiores riscos.

Desta maneira podemos dividir o trabalho em duas partes distintas: a) a entrega vibratória aos orixás, guias e protetores que se consubstancia na colocação da oferenda junto aos congás e pejis, onde permanecerá pelo tempo necessário; b) a entrega nos reinos da natureza onde os elementais se incumbirão de absorver os resíduos vibratórios incumbindo-se a natureza de reincorporar o restante. Assim sendo, uma vez procedida a entrega, nada impede que seja feita a limpeza do local sem maiores riscos para quem o fizer.

Os rituais e as manifestações sonoras no meio ambiente.

Os toques e sessões apresentam-se como uma das maiores fontes de queixas e reclamações da parte de vizinhos, especialmente se estes não são adeptos de nossa religião ou se as cerimônias se realizam em dias de semana e se prolongam além do horário tolerado pela lei de perturbação do sossego público, mais conhecida como lei do silêncio, principalmente se são usados instrumentos de percussão (tambores), nestes casos devem ser feitas algumas avaliações sobre os tipos de sessões que são realizadas, ou seja, as que usam e as que não usam instrumentos de percussão, as que não os usam podem tranquilamente realizar seus cultos sem maiores problemas, que usam, devem suspendê-los quando atingindo o horário das 22 horas procedendo-se ao encerramento sem os atabaques.

A umbanda e o meio ambiente.

O nosso brasil é um país privilegiado, pois há em seu vasto território recursos em abundância, sejam minerais, hídricos e vegetais, talvez não tenha sido por acaso que a Umbanda surgiu por aqui.

Os orixás da umbanda vinculam-se às forças da natureza e, assim, o ar é de oxalá, as pedreiras são de xangô, o mar azul é de iemanjá, os rios e cachoeiras são de oxum, as chuvas de iansã, as matas e a fauna de oxóssi, os metais ferro e manganês de ogum, além da natureza, outro elemento fundamental para entendermos a umbanda é o povo brasileiro, nosso povo possui, na sua formação, uma enorme religiosidade, a miscigenação, entre estrangeiros e nativos, nos trouxe, entre outras dádivas, nossa criatividade, nossa alegria brota das crianças, a religiosidade e simplicidade e a religiosidade dos nativos, a humildade e musicalidade dos negros, daí o resultado da tríade da umbanda: crianças (pureza), caboclos (simplicidade) e pretos velhos (humildade).

Umbanda nos espaços simbólicos

A umbanda é uma religião de caráter espiritualista que acredita no intercâmbio entre o mundo dos vivos (material) e o mundo dos mortos (espiritual), nasceu em solo brasileiro, no ano de 1908, através da manifestação do caboclo das sete encruzilhadas pela mediunidade do garoto zélio fernandino de morais, e tem como objetivo cultuar os ancestrais que deram origem ao povo brasileiro de hoje e que foram marginalizados na época, em vida; os índios, conhecidos como caboclos, na religião, e os negros africanos que vieram para cá na forma de escravos, os mais conhecidos vovôs e vovós (pretos e pretas velhas de umbanda), com o passar dos anos viu-se a necessidade de trabalhar com outras linhas ou falanges de espíritos ao corpo doutrinário de umbanda, com isso orixás e espíritos de ciganos; crianças; marinheiros; exús e pombagiras; malandros; e outros mais, foram se aproximando, com a intencionalidade de trabalhar nesta religião que prega o amor, a caridade e união entre os seres.

Oferendas ecologicamente sustentáveis com o meio ambiente.

Por mais biodegradável que seja, todo material também pode desencadear outros tipos de poluição. Tenha consciência do espaço que lhe é concedido para a feitura das oferendas e utilize o bom senso. Em uma propriedade privada ou apropriada para este fim é viável deixar que os elementos orgânicos se decomponham e adubem a terra, mas em um ambiente público isso já não se torna algo agradável. Além do odor que o material pode exalar, a poluição também se dá visualmente.

Oferendas ecologicamente sustentáveis com o meio ambiente.

Por mais biodegradável que seja, todo material também pode desencadear outros tipos de poluição. Tenha consciência do espaço que lhe é concedido para a feitura das oferendas e utilize o bom senso. Em uma propriedade privada ou apropriada para este fim é viável deixar que os elementos orgânicos se decomponham e adubem a terra, mas em um ambiente público isso já não se torna algo agradável. Além do odor que o material pode exalar, a poluição também se dá visualmente.

 

Princípios do direito ambiental e sustentabilidade

Para o direito principalmente, o principio é utilizado como fundamento ou alicerce. O próprio conceito de Desenvolvimento Sustentável abarca a ideia de principio, pois a sustentabilidade também é base para uma atuação socioambiental de forma responsável.

A sustentabilidade possui relação direta com várias ciências. Sem dúvida, uma das mais importantes é o Direito Ambiental. Por meio de uma visão sistêmica e globalizante, o meio ambiente deve ser interpretado como um bem jurídico unitário, abarcando os elementos naturais, o ambiente artificial (meio ambiente construído) e o patrimônio histórico-cultural, pressupondo-se uma interdependência entre todos os elementos que integram o conceito, inclusive o homem (MARCHESAN, STEIGLEDER, CAPPELLI, 2007).

Texto disponível em: <https://drpaulosantana.jusbrasil.com.br/artigos/381416661/umbanda-sustentavel>. Acesso em: 09 abr. 2018.

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